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terça-feira, março 19, 2024

CNTTL/CUT convoca aeroportuários para greve geral em 28 de abril

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O pacote de medidas que visa retirar direitos dos trabalhadores, defendido pelo governo Temer, e a forma como os trabalhadores devem reagir a isso foram os temas do debate da tarde desta quinta-feira (31/3), no 3º Congresso Nacional dos Aeroportuários, que contou com a participação do presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL/CUT), Paulo Estausia.

“Nós temos um pacote de medidas de um governo golpista, sem legitimidade alguma, que tem buscado unicamente retirar direitos dos trabalhadores. O Brasil, há tempos atrás, foi motivo de orgulho para o povo e reconhecido internacionalmente por suas políticas sociais. Hoje é o país da corrupção, da vergonha, e estamos sendo, de forma cada vez mais forte, sendo vítimas do capitalismo. Primeiro foi o golpe. Agora é o massacre dos nossos direitos”, afirmou Estausia.

O sindicalista ressaltou que quando se fala de reforma, espera-se uma mudança para melhor, e o que está sendo defendido pela elite, seja a reforma da Previdência, ou a Trabalhista, não tem nada de reforma. “Não é reforma; é a retirada de direitos da classe trabalhadora”, pontuou.

Ainda de acordo com Estausia, não dá para esperar que o empresário tenha a atitude de cuidar do trabalhador. “O interesse deles é o lucro. Quem protege o trabalhador são os sindicatos, as federações e confederações sindicais, que denunciam irregularidades e exigem o cumprimento da legislação”, disse.

“O governo democrático e popular teve vários erros, mas também muitos acertos, que mudaram para melhor a vida de uma parcela expressiva do povo. Os batedores de panela estão percebendo agora o erro que cometeram. Seu último ato nas ruas foi um fracasso. Se forem aprovadas essas mudanças na legislação sobre Previdência será o fim do acesso à aposentadoria”, completou.

O sindicalista convocou a todos os presentes no Congresso a mobilizarem suas bases visando parar o país em 28 de abril, data em que está sendo organizada uma greve geral pelas centrais sindicais. “O ramo dos Transportes tem uma enorme responsabilidade nessa greve geral. Se nós paramos, nós paramos o Brasil, e isso deve incluir os aeroportos”, ressaltou.

O diretor do Sina em Congonhas, Severino Macedo, destacou que “nem na Ditadura Militar, um dos piores momentos da História do país, o governo atreveu-se a retirar direitos trabalhistas”. Na mesa do painel também estiveram presentes Marcílio de Jesus Garcia, diretor de Mobilização do Sindicato dos Rodoviários de Sorocaba e Região (SP) e Salomão Barros, presidente do Diretório do PT de São José da Coroa Grande.

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