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quinta-feira, abril 25, 2024

Aeroviários e aeronautas entram em greve a partir da 0h do dia 3/2

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Os sindicatos de aeroviários ligados à CUT e o Sindicato Nacional dos Aeronautas, filiados à Federação Nacional dos Trabalhadores em Aviação Civil (Fentac/CUT), decidiram na sexta-feira (29/1), em assembleias realizadas em várias bases todo país, rejeitar a proposta de reajuste feita pelas empresas aéreas.

Além dessa decisão, os aeroviários aprovaram uma greve nos principais aeroportos, a partir da madrugada da próxima quarta-feira (3/2). Para os aeronautas, a greve ocorre das 6 às 8h da manhã. O movimento paredista deve impactar os voos nos principais aeroportos do país, gerando um efeito cascata, na véspera do feriado de Carnaval.

A greve é a única alternativa, diante do impasse nas negociações, para os trabalhadores seguirem na luta por 11% de reajuste, a fim de repor a inflação acumulada no período.

As negociações com as aéreas, através do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA), foram iniciadas em setembro, mas as empresas insistiram com 0% de reajuste, oferecendo apenas um abono (que não é incorporado aos salários), até a última rodada, realizada em 27 de janeiro. Na ocasião, as aéreas ofereceram pela primeira vez um índice de reajuste, só que escalonado e sem respeitar a data-base.

Para pisos e salários até R$ 1,5 mil (que segundo as aéreas representa 45% do efetivo de aeroviários das companhias – o que demonstra o nível baixíssimo de salário praticado na aviação civil atualmente), a oferta das aéreas é de reajuste de 5,5% em fevereiro mais 5,5% em junho. A proposta, levando em consideração a inflação acumulada do período, segundo cálculo do Dieese, levaria a uma perda de 53,16% de um mês de salário para esses trabalhadores.

Para salários entre R$ 1,5 mil e R$ 10 mil reais, a última oferta das aéreas (apresentada na sexta-feira (29), por telefone) foi de reajuste de 5,5% em junho e 5,5% em setembro, sem retroatividade à data-base. A perda, nesse caso, seria equivalente a 93,28% de um salário.

Participam da campanha salarial, os sindicatos de aeroviários de Porto Alegre, Guarulhos, Pernambuco e Campinas, o Sindicato Nacional dos Aeroviários e o Sindicato Nacional de Aeronautas.

O Sindicato Nacional dos Aeroportuários (Sina) também é filiado à Fentac/CUT e apoia o movimento paredista dos companheiros aeroviários e aeronautas por melhores condições salariais.
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