O secretário-geral do Sindicato Nacional dos Aeroportuários (Sina), Célio Barros, e o diretor de Comunicação da entidade, Ademir Oliveira, solicitaram ao diretor comercial da Infraero, André Luis Marques de Barros, que revogue a cobrança de mensalidade dos funcionários da Infraero no estacionamento de veículos do Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro.
O objetivo do Sina é garantir a gratuidade das vagas para os aeroportuários que trabalham no terminal. A demanda foi encaminhada em 10 de agosto.
A Infraero tomou a iniciativa de cobrar o estacionamento dos trabalhadores contrariando a posição do presidente da estatal, Gustavo do Vale. Durante o 2º Congresso dos Aeroportuários, realizado pelo Sina em Tamandaré (PE), em março de 2014, ele comprometeu-se a isentar todos os aeroportuários da Rede Infraero no país da cobrança de estacionamento de veículos, confirmando haver área suficiente para atender a demanda dos trabalhadores.
No mesmo congresso, os aeroportuários da Bahia reivindicaram a Gustavo do Vale a gratuidade do estacionamento e conseguiram reverter a cobrança no Aeroporto de Salvador. O direito à gratuidade foi retomado em 1º de maio daquele ano, através do cadastro dos aeroportuários interessados nas vagas do terminal. A conquista vale para todos os aeroportos da Rede Infraero e o Sina vai lutar para fazer cumprir esse direito.
“Em hipótese alguma os trabalhadores têm que financiar o déficit da Infraero. É uma política muito cômoda tomar esse tipo de atitude, cobrando dos trabalhadores esses valores, que são inconcebíveis com os salários da categoria, prejudicando a todos que precisam dessa mobilidade como meio e condição de deslocamento para trabalhar. O Sindicato não vai admitir isso, e os aeroportuários estão mobilizados para garantir o seu direito à gratuidade”, afirma Célio Barros.
Entre diversas alternativas apresentadas para equacionar a questão, o diretor sindical Ademir de Oliveira indicou uma área no setor sul do Aeroporto Santos Dumont que se encontra vazia, com diversas vagas disponíveis. “O sindicato continua na luta em defesa dos trabalhadores e está em negociação com a Infraero para garantir a gratuidade”, explica Oliveira.
Como conselheiro representante dos trabalhadores na Infraero, Célio Barros já se manifestou e vai encaminhar a situação para ser discutida na próxima reunião ordinária do Conselho de Administração da estatal, que ocorrerá no final deste mês. “Pagar para trabalhar é imoral e, em alguns casos, também é ilegal”, completa a direção do Sina.
