A direção do Sindicato Nacional dos Aeroportuários (Sina) reuniu-se, nos dias 25 e 26 de maio, nas dependências do Aeroporto de Congonhas, com a comissão de negociação da Infraero. Na primeira rodada de negociações da data-base 2015, a empresa apresentou uma contraproposta à pauta de reivindicações dos aeroportuários.
A proposta da Infraero é de um acordo de dois anos, com reposição salarial pelo IPCA (na ordem de 8,17 %), sem ganho real de salário, e com a divisão da categoria: a estatal quer garantir os benefícios do ACT (Acordo Coletivo de Trabalho) para os atuais aeroportuários e aplicar apenas a CLT para os que forem contratados a partir de agora.
A proposta de diferenciação dos trabalhadores da Infraero alterou o humor na mesa de negociação e foi veementemente rejeitada pela direção do Sina. “A diretoria da Infraero insiste em mandar um acordo que não temos condições alguma de colocar em assembléia. Isso chega a ser vergonhoso”, afirmou Samuel Santos, diretor financeiro do Sina.
A próxima rodada de negociações está agendada para os dias 16 e 17 de junho, nas dependências da Infraero em Brasília. A bancada patronal disse que sente-se limitada a avançar nas negociações.
O diretor jurídico do Sina, Marcelo Tavares, ressalta que os empregados não são culpados pela gestão equivocada tanto da direção da empresa, como do governo federal. “Está mais do que provado que as concessões dos aeroportos públicos foram desastrosas para os empregados da Infraero, muito diferente do que pregou o presidente da empresa em seus discursos pré concessão”, afirmou Tavares.
“Os aeroportuários já demonstraram na última data-base que defenderão a unidade da categoria e os direitos, assim como o respeito que merecem. Se o embate contra a empresa for necessário, que assim seja”, completa o presidente do Sina, Francisco Lemos.
Representaram a Infraero Rogério Ermilio Ferreira Fraga da Silva, Anne Guimarães Lopes dos Reis, Lucélia Inácio Neto e Cássio Pereira da Silva. Pelo Sina, participaram da reunião o presidente do Sindicato, Francisco Lemos, os diretores Marcelo Tavares, Alberto Carvalho, Samuel Santos e Wilson Vieira de Sousa, e o advogado Dr. Darison Viana. (Imagens: Divulgação/Sina)
