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quinta-feira, março 28, 2024

Sina garante mais quatro anos no Comitê Mundial da ITF

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De 10 a 16 de agosto, na cidade de Sofia, na Bulgária, aconteceu o 46º Congresso Internacional de Transportes da ITF (Federação Internacional dos Trabalhadores em Transportes), envolvendo trabalhadores do setor aéreo, marítimo, terrestre, ferroviário, turismo, entre outros.

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(Divulgação/ITF)

O Congresso contou com a participação de aproximadamente duas mil pessoas dos seis continentes. Eles discutiram políticas para o setor, a crise econômica mundial, os conflitos armados, a saúde e a segurança do trabalhador do transporte dentro da globalização. “O empresariado nunca havia atuado tanto, de forma internacional, e suas políticas muitas vezes confrontam com a legislação trabalhista de cada país”, ressalta Francisco Lemos, presidente do Sindicato Nacional dos Aeroportuários (Sina).

Durante o Congresso, Lemos foi reeleito, por mais quatro anos, membro titular do Comitê Mundial da ITF. A eleição do sindicalista reafirma a participação do Brasil no enfrentamento das fusões de companhias aéreas e do ingresso de capital estrangeiro na gestão de aeroportos, com reflexos no setor aéreo como um todo.

“Devemos considerar a cultura de cada povo, mas empresas aéreas como a LAN, que anunciou sua fusão com a TAM, ou como a Avianca, que está no mesmo processo em relação à TACA, além das operadoras internacionais que estão se instalando dentro dos aeroportos que antes pertenciam à Infraero e agora foram concedidos à iniciativa privada, tudo isso é uma nova realidade que precisa ser enfrentada pelos trabalhadores”, ressalta Lemos. ” A Swissport, por exemplo, é uma empresa suíça prestadora de serviços nos aeroportos brasileiros que instituiu mundialmente uma política anti-sindical”, explica Lemos.

A participação de Lemos no Comitê da ITF permitiu ao Sina trocar conhecimento com entidades estrangeiras e preparar-se para enfrentar a concessão dos aeroportos da Infraero, garantindo um período de estabilidade para os aeroportuários e outros direito, durante negociação com o governo brasileiro. Um dos próximos desafios é analisar a proposta da Infraero Serviços e a forma como a empresa pretende atuar internacionalmente e suas relações trabalhistas.

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